O ex-presidente Lula se tornou mesmo uma máquina mortífera eleitoral. Enquanto estava solto, ajudou o PT a perder mais da metade das prefeituras nas eleições de 2016. Naquele pleito, o ainda pré-condenado não conseguiu eleger nem o filho vereador em São Bernardo do Campo, berço do PT, onde Lula morava há mais de 40 anos. O PT não conseguiu eleger nenhum prefeito em capitais nas regiões sul, sudeste, centro-oeste e nordeste, ficando apenas com Rio Branco, no Acre.
Lula afirmava que seria em cabo eleitoral imbatível, mesmo da cadeia. Mas ao que tudo indica, a primeira vítima da máquina mortífera já tem nome e sobrenome. A senadora Kátia Abreu, que disputou a eleição para o governo do Tocantis chegou a aparecer em primeiro lugar nas pesquisas de intenções de votos logo no início da campanha. Mas bastou o ex-presidente Lula mandar uma mensagem de apoio à candidata, por meio da senadora Gleisi Hoffmann, e Kátia Abreu viu suas intenções de votos despencarem, terminando a disputa em quarto lugar.
A eleição suplementar no Tocantins foi convocada após a cassação do ex-governador Marcelo Miranda (MDB) e da vice dele, Cláudia Lelis (PV). Os dois foram considerados culpados por captação ilegal de recursos para a campanha eleitoral de 2014 pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Mauro Carlesse (PHS) e Vicentinho Alves (PR) e vão disputar o segundo turno.
Nas eleições de outubro, Lula deve fazer novas vítimas da cadeia.