terça-feira, 26 de junho de 2018

Quase nenhum partido quer aliança com o PT. Até as legendas de esquerda fogem


O PT deve repetir o péssimo desempenho nas urnas observado nas eleições municipais de 2016, quando o partido perdeu o comando de mais da metade das prefeituras que tinha pelo país. 

O partido tinha 630 prefeituras e, no primeiro turno, elegeu apenas 256 prefeitos. Somente no estado de São Paulo, o partido caiu de 70 para oito prefeituras. 

Um levantamento feito pelo Estadão com dirigentes nacionais e estaduais do PT mostra que, para as eleições de outubro, o partido pode ficar ainda mais isolado nas disputas por governos estaduais.

Luiz Marinho, em São Paulo; Marcia Tiburi, no Rio; Miguel Rossetto, no Rio Grande do Sul; Dr. Rosinha, no Paraná; Décio Lima, em Santa Catarina e Humberto Amaducci, no Mato Grosso do Sul, até agora não conseguiram apoio de nenhuma outra sigla, inclusive entre os partidos de esquerda. 

No Mato Grosso e no Distrito Federal, o PT não definiu nomes até o momento, mas a tendência também é de isolamento.

Juntas, estas unidades federativas representam 70,9 milhões de eleitores ou 49,3% do total de brasileiros aptos a votar no dia 7 de outubro.

Dirigentes petistas dizem que o isolamento é inédito desde a década de 1980, quando o PT ainda era um coadjuvante nas disputas eleitorais e tinha postura restritiva em relação à política de alianças.