O ex-presidente Lula não recebeu bem a notícia de que o presidente Michel Temer não
vai tolerar a presença de réu entre os membros de sua equipe de governo. Temer
deixou bem claro nesta segunda feira que qualquer pessoa no governo "Se
transformando em réu, o afastamento é definitivo".
Temer ressaltou ainda que o afastamento independe da condenação do réu ou não. "O
afastamento definitivo independe de haver ou não condenação na Justiça", afirmou
Temer.
O ex-presidente Lula pediu para que Temer o chamasse para ajudar em seu governo,
por ocasião da visita do presidente ao petista no hospital SírioLibanês, para prestar
condolências pela morte da ex primeira dama Marias Letícia, mulher de Lula.
Diante das controvérsias envolvendo a nomeação de Moreira Franco para ocupar a vaga de ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Temer achou melhor dar um
basta no disse me disse sobre o fato de Moreira Franco ter sido citado em delações na
Lava Jato. O presidente esclareceu que a implicação ou não de Moreira na Lava Jato
ainda não está definida.
"O governo não quer blindar ninguém e não vai blindar", disse Temer em seu
pronunciamento nesta segunda. "Apenas não pode aceitar que a simples menção
inauguradora de um inquérito para depois inaugurar uma denúncia depois inaugurar
um processo já seja de molde a incriminá-lo em definitivo e em consequência afastar o
eventual ministro", salientou Temer.
"Se houver denúncia, o que significa um conjunto de provas eventualmente que
possam conduzir a seu acolhimento, o ministro que estiver denunciado será afastado
provisoriamente. Depois, se acolhida a denúncia e aí sim a pessoa, no caso o ministro,
se transforme em réu estou mencionando os casos da Lava Jato , se transformando
em réu, o afastamento é definitivo", afirmou o presidente.
Se Lula tinha alguma esperança de se tornar "conselheiro" de Temer, pode ir tirando o
cavalinho da chuva. O petista é réu em cinco ações penais e alvo de outros três
processos criminais.
fonte: Imprensa Viva