quinta-feira, 14 de setembro de 2017

PALOCCI OU O AUTO-RETRATO DE LULA

Ao desqualificar Antonio Palocci, chamando-o de “calculista, frio e dissimulado”, Lula pinta um retrato de si próprio.
Como o site O Antagonista já tinha dito na semana passada, Palocci era Lula; Lula era Palocci.

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PALOCCI E LULA ERAM UMA SÓ PESSOA, UM SÓ CORRUPTO

O depoimento de Antonio Palocci, no caso do imóvel para o Instituto Lula comprado com propina da Odebrecht, é tão mais devastador porque ele não foi apenas um ministro de Lula, mas O ministro de Lula.

Palocci foi fiador da estabilidade econômica como ministro da Fazenda. No cargo, era interlocutor privilegiado de todos os grandes empresários do país. Teria sido candidato do PT à Presidência da República, em 2010, não tivesse sido abatido antes, por causa da quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa.

Ele foi O ministro de Lula também no governo de Dilma, no cargo de ministro-chefe da Casa Civil. Tentou controlar a tresloucada, sempre a serviço do comandante máximo.

Palocci foi, ainda, coordenador da campanha de Lula, em 2002, no lugar de Celso Daniel, e da campanha de Dilma, em 2010. Estava a par — e era operador e cúmplice — de todos os esquemas de arrecadação ilegal do partido.

Quando era ministro da Fazenda, esteve à frente de várias articulações para livrar Lula de ser processado no caso do mensalão.

Foi Palocci quem telefonou para a Veja, em 2006, para tirar Lulinha da capa da revista, na primeira reportagem da revista sobre o assunto. Falava em nome de Lula e Marisa.

Hoje, ao entregar Lula, Palocci entregou ele próprio. Porque Lula e Palocci, por anos a fio, foram uma só pessoa. Um só corrupto, como provam as planilhas da Odebrecht. O Italiano era o Amigo; o Amigo era o Italiano.