sexta-feira, 6 de julho de 2018

O FUTEBOL E A ECONOMIA

NEM SEMPRE O MELHOR VENCE 

Mais do que sabido, e comprovado, em qualquer competição esportiva, independente da modalidade, nem sempre a equipe que melhor se apresenta é aquela que sai vencedora. Notadamente quando a decisão se resume a apenas uma partida, do tipo -mata ou morre-, onde o improvável está sempre à espreita para se fazer presente.

TROFÉU
Mesmo que a equipe que melhor se apresentou ao longo do ano venha a figurar uma boa posição no ranking, ou mesmo durante uma determinada competição, o que realmente interessa para todos é quem (clube ou seleção)  levou o troféu de campeão.

RANKING
Comparando o esporte com a economia, quer seja mundial ou local (estados e municípios), aí a competição não se dá por torneio ou campeonato, onde é preciso apontar um campeão, mas por análise de desempenho constante. Assim, aqueles países (ou estados e municípios) que apresentam melhor desempenho econômico passam a ocupar posições de maior destaque no ranking.

SEM ESQUECER A LÓGICA 
Ora, por mais que saibamos que esta nossa Seleção tem muita -bala na agulha-, ou seja, reúne grande capacidade competitiva (e não apenas participativa) o que contribui para uma possível chegada à final nesta Copa do Mundo, ninguém pode negar a lógica de que, além de haver outros bons competidores, nem sempre o melhor vence. 

PURA MÁ VONTADE
Da mesma forma é preciso salientar que a nossa Economia, por exclusiva vontade da maioria dos nossos governantes, notadamente dos parlamentares e juízes, não tem -bala na agulha-. Ao contrário, o estado raquítico identifica chance -zero- de, a curto, médio e longo prazos, para ocupar uma posição minimamente decente no ranking mundial de desempenho econômico. Pode?

TRISTEZA
Confesso que fico muito triste ao perceber que só mostramos interesse para formar uma equipe de futebol que enfrente, de igual para igual, com razoáveis vantagens competitivas,  aquelas que o calendário da Copa nos impõe. Naquilo que poderia transformar o Brasil numa efetiva potência mundial em economia, nada acontece.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Vejam, por exemplo, que nos últimos 40 anos (lá se foram 10 Copas do Mundo neste período), o ROMBO DA PREVIDÊNCIA aumentou de forma dramática. Pois, mesmo assim, a REFORMA que o Brasil exige poder para equilibrar as Contas Públicas, não anda. Pode? 


texto de Gilberto Simões Pires, jornalista e pensador.