sexta-feira, 6 de julho de 2018

Palocci confirmou a Moro que a Odebrecht comprou terreno para Instituto Lula


A homologação do acordo de delação do ex-ministro Antonio Palocci, à exemplo do que ocorreu com o depoimento do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro no caso do triplex, pode render outras condenações ao ex-presidente Lula na Lava Jato, publica o site Imprensa Viva.

Entre as confissões de crimes feitas por Palocci ao juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, em Curitiba, na histórica audiência de 6 de setembro que incriminou o ex-presidente Lula, Palocci confirmou a transação da Odebrecht envolvendo a aquisição de um terreno para o Instituto Lula no âmbito do 'pacto de sangue' entre o petista e o empresário Emílio Odebrecht. Segundo Palocci, a empreiteira teria destinado cerca de R$ 300 milhões para Lula e o PT em troca de negócios vantajosos com a União.

O juiz Sérgio Moro abre o interrogatório questionando sobre acusação de que Odebrecht comprou terreno para Instituto e sua participação. “Participei”.

“A denúncia procede, os fatos são verdadeiros. Eu diria apenas que os fatos desta denúncia dizem respeito a um capitulo de um livro um pouco maior do relacionamento da Odebrecht com o governo do ex-presidente Lula e da ex-presidente Dilma, que foi uma relação bastante intensa, bastante movida a vantagens, a propinas pagas pela Odebrecht para agentes públicos, em forma de doação de campanha, de benefícios pessoais, em forma de caixa 1 e caixa 2.” Confirma o que foi dito por Marcelo Odebrecht de que ele era interlocutor da empresa com o governo, para seus interesses e para temas de campanha e inclusive “ilícitos", assumiu o ex-ministro membro da cúpula do PT.