segunda-feira, 11 de setembro de 2017

PROCURADOR DA LAVA JATO REBATE JORNALISTA QUE ESPECULOU SOBRE SUA CANDIDATURA

Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador do MPF, rebateu a jornalista Cristiana Lôbo, da Globonews, que falou que ele pretenderia se candidatar a um cargo público nas próximas eleições. Lima esclareceu que pretende se aposentar como membro do Ministério Público e que não exerce qualquer atividade político-partidária: "Nosso interesse é simplesmente cumprir nossas obrigações constitucionais de investigar, acusar e buscar a condenação de todo e qualquer envolvido em fatos criminosos".

Leia a seguir o texto de Carlos Fernando dos Santos Lima: 
Amigos. Soube que a jornalista Cristiana Lôbo especulou no programa Fatos e Versões - Globonews de sexta-feira sobre uma suposta minha candidatura nas próximas eleições.
Gostaria de fazer alguns esclarecimentos a respeito dessa especulação, especialmente considerando o respeito que merecem todos que apoiam a operação Lava Jato, bem como pelo uso por parte de blogueiros mal intencionados dessa inverdade.
Assim, antes de mais nada, não serei candidato a nenhum cargo político nas próximas eleições, e muito menos fui procurado ou conversei com qualquer partido político sobre candidatura.
Tenho 38 anos de serviço público e pretendo me aposentar como membro do Ministério Público, e como Procurador da República nunca exerci qualquer atividade político-partidária.
As críticas que tenho feito ao sistema político brasileiro e ao uso da corrupção como forma de financiá-lo apenas refletem as conclusões que tirei das investigações da operação Lava Jato, bem como da obrigação de todo membro do Ministério Público de defender a ordem democrática.
Repudio também o uso dessas especulações por pessoas mal intencionadas, que tentam vincular todo o trabalho da investigação a um interesse pessoal de membros do Ministério Público.
Nosso interesse é simplesmente cumprir nossas obrigações constitucionais de investigar, acusar e buscar a condenação de todo e qualquer envolvido em fatos criminosos que sejam da nossa atribuição.
Para isso temos agido com todo o cuidado e com observância de todas as regras legais, independente de qualquer outra consideração que não o pleno cumprimento do interesse público.