Segundo a votar no julgamento do registro da candidatura do ex-presidente Lula no Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Edson Fachin divergiu do relator Luís Roberto Barroso e defendeu que o presidiário possa ser candidato nas eleições de 2018, relata o site Imprensa Viva.
Segundo o relato, Fachin tomou boa parte do julgamento, apesar do adiantado da hora, e concluiu seu voto por volta das 21:30 desta sexta-feira, defendendo argumentos apresentados pela defesa de Lula com base no parecer de apenas 2 dos 18 integrantes do Comitê de Direitos Humanos da ONU, ignorou a Lei da Ficha Limpa e votou favoravelmente pelo registro da candidatura do presidiário.
Na prática, Fachin se desdobrou por mais de uma hora para fazer o que ninguém imaginava possível.
O ministro, indicado por Dilma, alegou que o julgador tem sentimentos que extrapolam os limites constitucionais, elogia a ONU, atropela Lei da Ficha Limpa e vota a favor do registro da candidatura de Lula.
Primeiro a votar no julgamento, o ministro Luís Roberto Barroso também consumiu mais de uma hora do julgamento com seu voto, mas ao final, votou contrário ao registro da candidatura de Lula.
A ministra Rosa Weber chegou a sugerir que o julgamento fosse adiado para a próxima terça ou quinta.
Fachin demonstrou-se inquieto e insistiu em prosseguir com o julgamento, apenas para votar a favor do presidiário.