sábado, 1 de setembro de 2018

No lugar de apoio, atritos. Ciro perde as estribeiras e bate boca com presidente da federação gaúcha de agricultura


O candidato do PDT à Presidência da República Ciro Gomes viajou até o Rio Grande do Sul para angariar apoio de produtores agrícolas da região, mas acabou perdendo as estribeiras com lideranças do setor.

O presidenciável foi fazer campanha na Expointer, principal evento do agronegócio gaúcho, e acabou se envolvendo em um bate-boca com a cúpula da Federação da Agricultura do Estado (Farsul). Segundo reportagem da Folhapress, o foco do atrito foram divergências sobre a existência ou não de incentivos fiscais no setor primário. O presidente da entidade, Gedeão Pereira, discordou do candidato sobre a existência do subsídio, mas Ciro teimou com o interlocutor dos produtores e disse que a conta chega a R$ 158 bilhões.    

Na sequência, o presidente da Farsul voltou a salientar que não era verdade que o setor primário tinha subsídios e alegou que os recursos tinham origem na caderneta de poupança. Ciro rebateu, questionando se podia dizer em seu programa que o agronegócio não precisava de subsídio, o que resolveria o déficit público no primeiro ano de governo, numa clara provocação ao presidente da entidade.

"Acho que com esse candidato vamos seguir um viés extremamente perigoso de esquerda", afirmou o presidente da Farsul, após a saída de Ciro, segundo a agência. 

 O candidato do PDT deixou a Farsul e se reuniu com o setor cooperativista no parque, onde negou ser um radical de esquerda e que já superou "essas bobagens ideológicas", mas lamentou o "reacionarismo" de Pereira. "Tomei uma lição de reacionarismo doentio. Em uma mesma frase defendeu a destruição do estado e mais investimentos em infraestrutura" alegou Ciro.

Com informações do Jornal do Comércio