MORO VOLTA AO TRABALHO E LAVA JATO RETOMA 20 NOVAS DELAÇÕES. TODAS COM PODER DE FOGO LETAL CONTRA LULA E O PT
Após a volta ao trabalho do juiz federal Sérgio Moro nesta segunda-feira, 23, a força-tarefa
da Operação Lava Jato deve retomar as tratativas para cerca de 20 delações
premiadas de investigados na Operação Lava Jato.
Entre os delatores, estão
executivos de empreiteiras, ex-agentes públicos, lobistas e operadores financeiros
acusados de corrupção na Petrobras. Todos com poder de fogo letal contra o ex-presidente
Lula e o PT.
As negociações estavam suspensas desde o fim de 2016, em compasso de espera pela
confirmação do mega acordo com a Odebrecht. As informações prestadas pelos 77
executivos e exexecutivos do grupo devem fornecer novos detalhes sobre crimes
praticados por políticos e que podem ser usadas para nortear futuros acordos.
Entre os que estão na fila para fechar acordos de delação, estão o ex-diretor da
Petrobras Renato Duque, operador de propinas do PT na estatal, o ex-marqueteiro do
PT João Santana, o lobista Adir Assad, além de executivos das empreiteiras Mendes Júnior, Galvão Engenharia, Delta e EIT. Com cláusula de sigilo obrigatório para as
tratativas, as defesas dos investigados não comentam os acordos.
Desta vez, não se trata de especulação se fulano ou sicrano vai falar ou não. Todos na
lista iniciaram conversas com o Ministério Público Federal, por meio de advogados,
em busca de uma redução de pena nos processos sob responsabilidade do juiz federal
Sérgio Moro que julga os casos de alvos sem foro privilegiado. Algumas se arrastam,
sem definição, há quase um ano.
A expectativa é a de que as novas revelações feitas por executivos da Odebrecht devem
levar mais empresas, negócios, políticos e operadores financeiros para o foco das
apurações. Além deste aspecto, os novos delatores terão que se esforçar mais para
conseguir firmar um acordo com o Ministério Público Federal, que já possui
conhecimento sobre uma ´serie de crimes relacionados a sangria da Petrobras pelo PT
e partidos aliados dos ex-presidentes Lula e Dilma.
Ao contrário do que tentam justificar o ex-presidente Lula, membros do PT e outros
investigados na Lava Jato, ninguém será condenado apenas por delações de outros
criminosos. Pela lei, em busca de uma redução de pena, os candidatos a delator têm de
confessar crimes e apresentar fatos desconhecidos dos investigadores, além de provas
sobre o que dizem.
Em alguns casos nos quais as negociações podem ser retomadas, as tratativas foram
encerradas justamente por falta de informação ou provas relevantes, afirmou em
reservado um dos investigadores. Foi o que aconteceu, por exemplo, com as tratativas
para um acordo com as empreiteiras OAS e Engevix.
fonte: Imprensa Viva