Não adianta ficar indignado com o fato do ex-presidente Lula, um criminoso
condenado, contar vantagens e afirmar que vai concorrer nas eleições presidenciais de
2018 mesmo da cadeia. Não adianta reclamar que ainda existam eleitores dispostos a
votar do petista. Mesmo se ele estiver trancado numa cela em Curitiba.
O problema da sobrevida de Lula e de outras tralhas na política nacional é justamente
a ausência de lideranças decentes entre os políticos do país. Mas como explicar a
ausência de nomes competitivos e competentes, se há tantos no mundo empresarial, no
terceiro setor e nos centros acadêmicos? A resposta é bem simples: a classe política,
em conluio o judiciário, empresários e meios de comunicação, monopolizou o sistema
partidário do país e usa a própria constituição como filtro para manter o controle dos
nomes escolhidos para concorrer aos cargos no executivo.
Cientes de que há um sistema completamente contaminado e controlado por grupos que se apropriaram do Estado e estabeleceram regras próprias para o andamento da
coisa pública, as pessoas mais capacitadas e em condições de servir ao país de forma
mais produtiva sequer cogitam ingressar na política.
Não é por acaso que a qualidade
dos candidatos à Presidência da República é tão baixa nestas eleições de 2018.
Envolvidos em seus jogos de poder, a classe política e as demais instituições que se
apropriaram do Estado se esqueceram até mesmo de maquiar alguns de seus
representantes para concorrer no próximo pleito.
Com informações de Imprensa Viva