domingo, 24 de dezembro de 2017

A vergonha do Brasil nas Mãos de Cármen Lúcia. Cabe a ela colocar em votação a decisão sobre réus ocuparem a Presidência

O ex-presidente Lula se vale da conivência dos ministros do Supremo Tribunal Federal para desafiar a Justiça e chantagear as autoridades, ameaçando se candidatar à Presidência da República, poucos dias antes de seu julgamento na Segunda Instância.

O petista, que é réu em nada menos que sete processos, pode fazer o que bem entender diante da indefinição sobre a possibilidade de réus ocuparem a linha sucessória da Presidência da República ou se sobre concorrem ao caro mais importante do país. 

O caso de Lula é mais vergonhoso ainda, pois se trata de um criminoso já condenado na primeira instância pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O petista foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão, teve R$ 16 milhões bloqueados por determinação da Justiça, não conseguiu liberar os bens e os milhões até hoje por que simplesmente não conseguiu comprovar a origem lícita da bolada incompatível com sua renda, e ainda ousa desafiar, ameaçar e chantagear autoridades sobre sua candidatura.

Por mais que os ministros do Supremo finjam ignorar o que este tipo de ameaça, vindo de alguém que controla exércitos de baderneiros como o MST, CUT, MTST e black blosc, possa representar para os responsáveis por seu julgamento no Tribunal de Segunda Instância de Porto Alegre. Ninguém está imune de imaginar que Lula, uma vez candidato, possa ter seus recursos e até mesmo votos para vencer uma eleição. A ameaça que paira sobre a cabeça dos desembargadores do TRF-4 é justamente esta: o que um presidente eleito munido de poderes inimagináveis possa fazer contra eles.

Esta semana, o ministro Gilmar Mendes liberou para julgamento a ação que trata sobre a possibilidade de réus ocuparem a linha sucessória da Presidência da República. Ele havia pedido em fevereiro vista dos autos - mais tempo para examinar o processo -, mas só agora se sentiu apto a votar. Caberá à presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, definir uma data para a votação.

A ação começou a ser examinada em novembro de 2016, quando o ministro Dias Toffoli pediu vista. Quando ele devolveu o processo, em fevereiro, foi a vez de Gilmar interromper o julgamento.

O placar parcial está 5 a 3 para que réus não possam ocupar cargos da linha sucessória da Presidência, - estão na corrente majoritária os ministros Marco Aurélio Mello, Edson Fachin, Teori Zavascki, Rosa Weber e Luiz Fux. Já os ministros Dias Toffoli, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski votaram no sentido de que réus no Supremo estão proibidos de exercer a Presidência, mas devem ter preservados seus cargos caso sejam vice-presidente sejam vice-presidente ou presidente da Câmara, do Senado ou do Supremo - posições que fazem parte da linha sucessória. Falta votar, além de Gilmar, a ministra Cármen Lúcia. O ministro Alexandre de Moraes não vota, pois Zavascki, seu antecessor na cadeira, já teve seu posicionamento computado no julgamento. Já o ministro Luís Roberto Barroso, alegando motivos pessoais, declarouse impedido para atuar no caso. 

Quando a população questiona o fato de sete ministros do STF terem sido indicados pelo PT e até hoje não terem tomado uma providência sobre esta questão tão vergonhosa para o país, que é permitir que um criminoso condenado, alvo de nove processos, acusado de desviar bilhões dos cofres públicos, ande por aí ameaçando autoridades e envergonhado o cidadão de bem com suas promessas de voltar ao poder de qualquer jeito.