Por maioria, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal acaba de absolver a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
A decisão foi ratificada após a conclusão dos votos dos ministros Edson Fachin, Celso de Mello, Dias Toffoli e Gilmar Mendes pela absolvição de Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo e Ernesto Kugler das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro, registra o site Imprensa Viva.
Primeiro a votar, o ministro Fachin conclui voto no sentido de absolver Paulo Bernardo da acusação de corrupção passiva e de desclassificar a conduta atribuída a Gleisi Hoffmann de corrupção passiva para falsidade ideológica eleitoral, absolvendo os réus do crime de lavagem de dinheiro.
Celso de Mello acompanhou o voto do relator, pela absolvição de Paulo Bernardo e Ernesto Kugler Rodrigues, e pela desclassificação do crime de corrupção passiva para falsidade ideológica eleitoral (caixa 2) em relação à Gleisi Hoffmann.
O decano também absolve os três de lavagem de dinheiro.
O Ministro Toffoli também votou pela absolvição de Gleisi Hoffmann, não imputando a ela o delito de falsidade ideológica eleitoral proposto por relator e revisor. Quanto aos demais réus - ex-ministro Paulo Bernardo e empresário Ernesto Kugler Rodrigues - Toffoli acompanhou proposta de absolvição.
Além de seguir os votos dos colegas e votar pela absolvição integral dos réus por falta de provas suficientes para condenação, a ministro Gilmar Mendes ainda afirmou que não identificou indícios de caixa 2 constantes na acusação.
Segundo ele, a acusação se baseia em depoimentos cruzados de vários colaboradores, que se contradizem, e as demais provas são "raquíticas e inconclusivas".