quinta-feira, 7 de junho de 2018

Família de Azeredo guarda rancor de Cármen Lúcia

Aliados e, principalmente, familiares de Eduardo Azeredo estão bastante contrariados com a conterrânea Cármen Lúcia.

Em conversas reservadas, acusam a presidente do Supremo Tribunal Federal de “ingratidão” e chegam a responsabilizá-la pelo fato de o ex-governador de Minas Gerais ter começado a cumprir pena há 14 dias, após confirmação de sua condenação no caso do mensalão tucano e esgotamento da possibilidade de recursos na segunda instância.

A avaliação entre os mais próximos de Azeredo é de que, ao pautar o caso concreto de Lula, em abril deste ano, e não a retomada da discussão da prisão na segunda instância, Cármen complicou a vida do petista, mas também do tucano, considerado um amigo.

A relação entre Cármen e Azeredo é antiga, a ponto de em 2006, o então senador ter sido o relator da indicação dela ao STF na Comissão de Constituição e Justiça da Casa. A sabatinada recebeu diversos elogios do tucano e acabou sendo aprovada por unanimidade.

Três anos depois, quando o Supremo julgou o recebimento da denúncia contra Azeredo pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, a ministra se declarou impedida, alegando que trabalhou com o ex-governador de Minas Gerais. Cármen foi procuradora do estado entre 1983 e 2006, e recebeu o apoio dele para ser promovida a procuradora-geral na gestão de Itamar Franco.

É, Azeredo, o tempo passou.