domingo, 5 de março de 2017

Assassinato de Celso Daniel mais perto de ser esclarecido. Moro manda prender Ronan Maria Pinto

O juiz federal Sérgio Moro condenou nesta quinta-­feira, 02, o empresário Ronan Maria Pinto, dono do Diário do Grande ABC, um jornal da cidade de Santo André, pelo crime de lavagem de dinheiro, em decorrência da 27ª fase da Operação Lava Jato, realizada no dia 04 de abril do ano passado. Moro condenou Ronan a cinco anos de prisão. 

Ronan chegou a ser preso no ano passado por seu envolvimento em um esquema no setor de transportes de Santo André entre 1999 e 2001. Na ocasião, ao autorizar a prisão temporária do empresário, Moro lembrou a condenação e, em seguida, escreveu ser "possível que este esquema criminoso tenha alguma relação com o homicídio, em janeiro de 2002, do então Prefeito de Santo André, Celso Daniel, o que é ainda mais grave". 

Na sentença desta quinta-­feira, Ronan foi condenado pelo recebimento de R$ 6 milhões do empréstimo realizado entre o pecuarista José Carlos Bumlai – também preso pela Lava Jato – e o Banco Schahin, que acabou sendo fraudado. O empresário teria recebido o dinheiro do PT para manter silêncio sobre o suposto envolvimento do ex-­presidente Lula e dos ex-­ministros José Dirceu e Gilberto Carvalho no assassinato de Celso Daniel. 

Segundo o Ministério Público de São Paulo, Celso Daniel foi morto porque descobriu a cobrança de propinas e tentou impedi-­la. Os desvios abasteceriam o “caixa dois” do PT. Na mesma sentença em que condenou o empresário Ronan Maria Pinto, Moro condenou ainda o ex-­tesoureiro do PT Delúbio Soares e mais três pessoas. 

Veja a lista de condenados desta quinta­-feira: ­Delúbio Soares de Castro – 5 anos de prisão em regime inicial fechado ­Ronan Maria Pinto ­ 5 anos de prisão em regime inicial fechado ­Luiz Carlos Casante – 4 anos e seis meses de prisão em regime inicial semiaberto ­Enivaldo Quadrado – 5 anos em regime inicial fechado 

Natalino Bertin também foi condenado pelo crime de lavagem de dinheiro, porém, de acordo com Moro, o crime já prescreveu.


fonte: Imprensa Viva