domingo, 5 de março de 2017

O medo de Lula está em todo lugar. Petista anda assustado e com receio de se assumir candidato

Pessoas ligadas ao ex­-presidente defendem que ele deve se lançar o quanto antes como candidato à Presidência da República. O argumento principal seria o de criar embaraços ao juiz Sérgio Moro, no caso do magistrado optar por uma condenação do petista. Mas as coisas não são tão simples assim e Lula sabe disso. 

O petista tem enfrentado uma série de dificuldades em contornar alguns obstáculos existentes no momento. Se por um lado, o PT já não possui mais palanque em praticamente nenhuma capital do país, após a derrota do partido nas últimas eleições, há ainda o receio do ex-­presidente Lula de enfrentar as multidões. 

Lula está com medo de participar de atos públicos e tem se cercado de mais cuidados e adotado cada vez mais de medidas de segurança para evitar que manifestantes contrários ao PT cheguem perto dele. Há outro problema que o ex­-presidente e a cúpula do partido estão tentando contornar sem sucesso: atrair os partidos de esquerda para a empreitada da candidatura de Lula. Até o momento, nenhum partido fechou com o PT. 

Sem palanques nas capitais, sem apoio dos partidos de esquerda e com medo do povo, Lula dificilmente colocará sua campanha na rua. Se em São Paulo, com MTST, CUT e a militância petista, Lula não consegue atrair um grande público, no resto do Brasil, a chance de fracassar em comícios é muito grande Não dá para levar a militância a todos lugares, admite Lula. Se for para se lançar candidato, o fará apenas para tentar constranger o juiz Sérgio Moro e acusá­-lo de perseguição política. 

O problema é que nos próximos dias, Lula e Dilma devem se tornar alvos de novos inquéritos na Lava Jato. Desta vez, as complicações são decorrentes da mega delação da Odebrecht. Os nomes dos dois petistas constam da lista do procurador­-geral da República, Rodrigo Janot. Lula e o PT aguardam o tamanho do estrago que vem pela frente. Os partidos de esquerda e eventuais aliados também.

fonte: Imprensa viva