O candidato à Presidência da República pelo PDT já foi queimado antes da largada
para a corrida ao Palácio do Planalto de 2018. O delator Fernando Reis, ex-presidente
da Odebrecht Ambiental, confirmou ao ministro Herman Benjamin, do TSE, que o ex-ministro
de Dilma, Guido Mantega pediu ao empreiteiro Marcelo Odebrecht um
"apoio financeiro" entre 4 milhões e 7 milhões para o PDT.
Apesar de se tratar do ex-partido de Dilma, a exigência de propina era para garantir
que o PDT confirmasse a participação de partidos na coligação em torno da
candidatura de Dilma Rousseff e, assim, obtivesse mais tempo de propaganda
eleitoral na TV.
Após o pedido de Dilma, Fernando Reis comunicou ao tesoureiro do PDT, Marcelo
Panella, que obteve o aval de Marcelo Odebrecht para liberar "apenas" R$ 4 milhões
via caixa 2 ao partido, em troca da confirmação da participação do PDT na coligação com o PT nas eleições de 2014.
Marcelo Panella respondeu a Fernando Reis que já esperava o contato da Odebrecht,
mas achou o valor baixo. Ficaram de voltar a encontrar-se depois da formalização do
apoio do PDT a Dilma Rousseff. O ex-executivo da Odebrecht confirmou que o
dinheiro foi entregue em 4 parcelas de 1 milhão de reais, em espécie, entre os dias 4 e
11 de agosto e 1º e 9 de setembro daquele ano. As senhas para avisar da
disponibilidade dos recursos eram nomes de jogadores do Fluminense, disse Reis,
lembrando que a cúpula do PDT é formada por tricolores.
Toda a operação foi monitorada de perto pelo presidente do PDT, Carlos Lupi, atual
parceirão de Ciro Gomes, e pela ex-presidente Dilma Rousseff.
fonte: Imprensa Viva